Equipe de marketing e vendas analisando painel de contas estratégicas em estratégia ABM B2B

Nos últimos anos, percebi uma mudança bem significativa no cenário de marketing entre empresas (o chamado marketing B2B). Quando assumi funções de liderança em ambientes comerciais, principalmente na Tray, ficou mais claro o poder que estratégias focadas em contas específicas tinham sobre o relacionamento, a geração de negócios e a receita. O marketing baseado em contas, conhecido como ABM, ganhou um papel de destaque, especialmente para negócios que desejam crescer trabalhando com contas de alto valor.

Este artigo é uma síntese prática do que aprendi após anos aplicando e acompanhando essa abordagem. Vou detalhar como o ABM se diferencia de estratégias mais tradicionais, como o inbound, compartilhar etapas que curto seguir, indicar exemplos, métricas, armadilhas e incluir reflexões que presenciei no meu dia a dia. Aproveite para compartilhar comigo depois suas experiências ou dúvidas.

O que é account based marketing?

Antes de falar de processos, preciso ser claro sobre uma dúvida comum: o que realmente significa ABM? Na minha experiência, esse termo é muitas vezes citado, mas pouco compreendido em sua essência.Account Based Marketing é uma estratégia focada, onde as ações de marketing e vendas se concentram em contas específicas e pré-definidas consideradas estratégicas para o negócio, especialmente aquelas de alto potencial.

Diferente de campanhas de massa, que buscam atrair qualquer interessado, o ABM trabalha com uma lista restrita de empresas que você deseja conquistar (e com quem, muitas vezes, já tem histórico ou relacionamento ativo). Ou seja, em vez de lançar a “rede” esperando pescar alguém, você mira exatamente no “peixe” ideal. Para ilustrar, penso em projetos que conduzi na Tray, nos quais conseguimos resultados acima da média direcionando esforço para grandes varejistas online e agências digitais com decisão centralizada na escolha de plataformas.

Marketing baseado em contas não se baseia em volume, mas em precisão.

É uma abordagem de alto envolvimento, totalmente personalizada, feita sob medida para poucos, mas com intenção de construir relações profundas e vendas consistentes.

Diferenças entre ABM e inbound marketing

Há muita confusão (e até mistura) entre essas duas visões. Por isso, sempre começo explicando para equipes e clientes: são abordagens complementares, mas bem distintas em execução e mentalidade.Enquanto o inbound coloca o conteúdo como imã para atrair qualquer interessado por temas relevantes, o ABM dedica esforços em poucos prospectos, usando campanhas, mensagens e ofertas personalizadas para cada conta-alvo.

Veja uma comparação objetiva do que noto, sempre com base na prática:

  • Inbound: Atrai muitos leads, de perfis variados, usando conteúdos genéricos, SEO, redes sociais e automação como base.
  • ABM: Mira em poucos leads altamente qualificados, geralmente empresas específicas, e constrói jornadas, comunicações e propostas únicas para cada uma delas.
  • Inbound: Normalmente depende do interesse espontâneo da audiência, com conversão passiva.
  • ABM: Tem atuação ativa e direta; marketing e vendas juntos abordam contas de maneira conjunta, rápida e personalizada.

Conheço muitos times que iniciam com inbound para gerar volume, mas migram para ABM buscando conversões de maior valor. Uma não exclui a outra; ambas oferecem ganhos quando bem alinhadas com seus objetivos.

Quando aplicar ABM em vendas B2B?

Nem todas as empresas estão no momento certo para investir nessa abordagem. Confesso que já vi frustração em times tentando usá-la quando seu ticket médio era baixo ou quando vendiam para milhares de clientes pequenos.

ABM faz sentido em cenários B2B de ciclo longo, tickets altos e que dependem de múltiplos decisores dentro das organizações-alvo.

  • Empresas que ofertam soluções complexas, consultivas, como SaaS, franquias, sistemas, consultorias e plataformas robustas de tecnologia.
  • Cenários em que conhecer a fundo o público, as dores e a estrutura do cliente são críticos para o sucesso na negociação.
  • Quando vendas envolvem contratos longos, múltiplos departamentos e preciso lidar com diferentes influenciadores ou stakeholders.

Isso não significa exclusão dos outros formatos. Mas, sem dúvida, vejo ganho expressivo quando existe fit com este perfil.

Equipe de marketing e vendas em reunião estratégica

Os principais pilares do ABM

Hoje, consigo dividir o marketing baseado em contas em quatro grandes pilares que se relacionam de forma sequencial. Cada um deles se desdobra em tarefas e processos específicos, e todos exigem participação ativa dos setores de marketing, vendas, atendimento e, por vezes, até do alto escalão (como já vi em reuniões estratégicas na Tray).

  1. Identificação das contas-alvo.
  2. Segmentação e estudo dos stakeholders.
  3. Criação de conteúdo hiper-personalizado.
  4. Execução de campanhas e mensuração contínua.

Vou detalhar cada etapa, baseando-me em situações vividas e resultados obtidos com times engajados.

Passo a passo completo para implementar ABM

Identificando as contas-alvo certas

Este ponto é absolutamente determinante. Todas as campanhas que coordenei e deram certo começaram com uma excelente curadoria das contas a abordar.

A escolha das contas não pode ser um “chute” ou baseada apenas em esperança. É resultado de análise criteriosa do ICP (perfil ideal de cliente), usando dados de vendas, mercado, histórico de churn, potencial de receita e até networking.

  • Levante todos os clientes atuais com bom relacionamento e resultados expressivos.
  • Analise o histórico da força de vendas: quais tipos de contas mais fecharam negócios, quais abandonaram o funil, ticket médio, ciclo de vendas, etc.
  • Pesquise o mercado em listas públicas: rankings de empresas, associações setoriais, eventos e redes de negócios.
  • Coloque na mesa insights de quem está na linha de frente (vendedores, customer success, pós-vendas).

No meu processo, sempre faço questão de discutir a lista com pessoas de diferentes áreas. Uma sugestão é não mirar alto demais logo de cara. Prefiro começar com uma lista razoável (20 a 50 contas), e adaptar conforme o modelo amadurece.

Segmentação e identificação dos decisores

Listar as contas foi só o primeiro passo. No ABM, preciso ir além e mapear perfil e papel de cada decisor dentro dessas organizações. Segmentar significa dividir as contas em agrupamentos que compartilham desafios ou necessidades semelhantes, e identificar os stakeholders certos para interagir.

Um erro comum que vejo é limitar a abordagem ao “diretor de compras”, nas vendas B2B complexas, o processo envolve área técnica, financeira, operacional, TI e, por vezes, até jurídico.

  • Descubra nomes, cargos, desafios pessoais e preferências de contato.
  • Mergulhe em canais públicos (LinkedIn, sites, notícias) para entender movimentações recentes da empresa.
  • Use CRM para checar relacionamentos existentes e registros históricos.

No meu processo, costumo montar uma ficha para cada conta, reunindo tudo isso, como se fosse um dossiê. Assim, evito erros básicos e ganho velocidade na personalização.

Criação de conteúdo personalizado para cada conta

Aqui, o ABM brilha de verdade. O conteúdo não é produzido em larga escala de modo genérico. Ele é feito sob medida para conversar com as dores daquela empresa e daqueles decisores.A personalização, no marketing baseado em contas, não é superficial; é profunda no problema, na linguagem, na entrega de valor e nas provas sociais.

  • Whitepapers exclusivos sobre desafios que só aquela empresa enfrenta.
  • Webinars privativos ou apresentações só para aquela conta.
  • Estudos de caso que envolvam problemas/soluções similares, deixando claro o porquê daquela abordagem.
  • Propostas comerciais e de parceria totalmente customizadas.
  • Séries de e-mails falando dos desafios do segmento, respondendo dúvidas reais já mapeadas.

Na Tray, já conduzi uma apresentação online para o board de apenas três empresas, apresentando relatórios, gráficos e uma visão de futuro em que elas seriam protagonistas na adoção do e-commerce como diferencial competitivo. Funciona muito melhor do que spam genérico.

Exemplo de apresentação personalizada no marketing baseado em contas

Execução de campanhas e abordagem multicanal

Chegou o momento em que tudo vira ação. Em qualquer projeto de ABM que conduzi, a execução multicanal foi pilar. Não existe um canal milagroso; é preciso mesclar formatos para atingir todos os influenciadores da decisão.

ABM não é abordagem única, mas sequência de interações certeiras.

Entre os canais mais usados por mim:

  • E-mails hiper-personalizados, enviados por pessoas reais do time, nunca por disparos automáticos frios.
  • Ligações consultivas, agendando reuniões personalizadas.
  • Eventos online e presenciais exclusivos, convites VIP e experiências privadas.
  • Remarketing digital com banners, anúncios em portais e redes sociais, mostrando sua solução “falando” com aquela conta.
  • Conteúdos impressos (relatórios, revistas customizadas) enviados para o endereço da empresa.
  • Presentes corporativos criativos, capazes de abrir diálogo de maneira elegante e personalizada.

O segredo aqui está no timing: não abordar todos os contatos de uma vez, nem de forma intrusiva and sim alinhada como consultoria. O “combo” de canais, sempre personalizado, é o que faz a diferença.

Mensurar o que importa: métricas de sucesso do ABM

O ABM, diferente de marketing genérico, precisa de métricas muito alinhadas com o objetivo, e com vendas, é claro, como sempre comentei em projetos reais.O foco é monitorar não só quantidade, mas principalmente a qualidade e o valor das oportunidades geradas.

  • Oportunidades reais criadas por conta abordada (valor potencial por empresa trabalhada).
  • Taxa de evolução das contas no funil (benchmarks de tempo de negociação, avanço de etapas e engajamento).
  • Taxa de fechamento (quantas contas engajadas realmente fecham negócio?).
  • Receita gerada por conta e por campanha, comparando com objetivo inicial.
  • ROI da campanha (quanto foi investido por cada conta e qual retorno gerou). ROI é a bússola de toda campanha ABM.

Uma dica: apenas acompanhar “abertura de e-mails” ou “impressões” não representa sucesso no ABM. Gosto de cruzar métricas qualitativas (nível de relacionamento, reuniões com stakeholders, impacto no branding) com andamento dos negócios.

Papel do alinhamento entre marketing e vendas

Nenhuma estratégia ABM funcionou de verdade em minha trajetória onde comercial e marketing não estavam absolutamente integrados. Nos cases mais legais que vivenciei, equipes quebraram aquela barreira clássica (“isso é lead ruim” versus “venda não age rápido”), sentando juntas para definir contas, estratégias e revisar resultados.O alinhamento entre equipes é pilar para atingir resultados expressivos em contas de alto valor.

  • Reuniões regulares entre marketing e vendas para revisar plano e andamento das contas.
  • Definição clara de responsabilidades em cada etapa do funil (quem aciona, quem apresenta, quem negocia, quem entrega).
  • Uso compartilhado de plataformas CRM e dashboards acessíveis a todos os envolvidos.
  • Planejamento conjunto de conteúdo e abordagem, evitando ruído de comunicação.

Quando as duas áreas atuam em sintonia, o ciclo de vendas encurta e a percepção de valor para o cliente aumenta. No blog compartilho algumas dicas sobre essa sinergia, caso queira ampliar o tema em marketing digital e vendas.

Reunião colaborativa entre times de marketing e vendas

Exemplos práticos de campanhas ABM de alto valor

Para sair do “manual” e trazer cases reais, vou citar alguns exemplos concretos, para você adaptar à sua empresa. Todas as estratégias tiveram participação do marketing e vendas, e foram baseadas nos pilares que comentei acima.

  • Webinar privado para contas estratégicas: Convite enviado apenas para executivos de grandes empresas-alvo, com tema ultra relevante e possibilidade de interação direta. Após o evento, time de vendas faz follow-up imediato, entregando conteúdo extra personalizado.
  • Sequência de e-mails individualizados: E-mails sérios, assinados por gestores, abordando problemas específicos daquela conta, com cases e materiais sob medida. Cada resposta recebida gera um fluxo customizado.
  • Conteúdo físico de alto impacto: Envio de box ou kit premium com proposta impressa, brinde de valor e recado personalizado do CEO, para abertura de portas em contas-chave.
  • Remarketing personalizado digital: Campanhas digitais criadas para impactar apenas colaboradores de determinada empresa (via segmentação de IP, cargos e cargos no LinkedIn), exibindo provas sociais de sucesso.
  • Estudos de caso direcionados: Apresentações ou relatórios customizados, feitos sob demanda para apresentar como empresas similares resolveram desafios de negócio relevantes para o decisor.

Mais exemplos sobre conteúdo personalizado e integração com ferramentas CRM podem ser encontrados em CRM estratégico.

Dicas práticas para avançar em ABM sem desperdiçar recursos

Baseando-me no que vi dar certo (e no que já vi dar muito errado), compartilho aprendizados valiosos para evoluir esta metodologia B2B com segurança:

  • Inicie com poucas contas e ajuste a mira conforme avançar. Não tente “abraçar o mercado todo” de cara.
  • Crie templates de dossiê para cada conta. Isso poupa tempo na análise futura.
  • Invista em ferramentas que centralizem informação (CRM é quase obrigatório; já escrevi sobre isso em dicas de CRM).
  • Envolva a liderança comercial desde o início de cada campanha. Isso gera engajamento, não barreiras.
  • Se errar a abordagem, ajuste rápido. ABM requer experimentação constante e humildade para corrigir o curso.
  • Mantenha histórico detalhado da comunicação para evoluir de uma conta para outra.
  • Use aprendizados para retroalimentar inbound, marketing de conteúdo e até automações futuras.

Sempre que surgir dúvida se está investindo na conta certa, questione: “Se eu fechar com essa empresa, ela mudaria meu negócio de patamar?” Esse filtro ajuda a manter o foco no que realmente importa.

Como mensurar resultados em campanhas B2B de alto valor?

Dashboard de métricas de campanhas de ABM Ao longo do tempo, aprendi que muitos erros do ABM vêm da busca obsessiva por “vanity metrics” (números pouco relevantes para vendas reais).

No ABM, mensuro valor e profundidade, não só volume.

  • Oportunidades geradas por conta-alvo: Quantas dessas empresas realmente iniciaram contato firme após a campanha?
  • Taxa de fechamento: Qual o percentual de negócios ganha em relação ao número de oportunidades abertas?
  • Receita média por conta: O ticket das contas abordadas é superior ao valor de vendas padrão?
  • Tempo de ciclo de vendas: Os negócios avançaram mais rápido no funil?
  • ROI: O retorno financeiro cobre (e supera) o investimento feito em personalizações e recursos?

Existem ainda outros indicadores, como engajamento dos decisores, crescimento da base de advocacy e evolução de reputação da marca junto ao público-alvo. Abordo mais sobre o tema, com exemplos numéricos, neste artigo: como mensurar ABM B2B.

Erros comuns que vejo em estratégias ABM (e como evitar)

Ninguém espera perfeição logo no início, principalmente se marketing e vendas ainda estão aprendendo a operar juntos na rotina de contas prioritárias. Alguns equívocos que enfrentei (e que vejo com frequência):

  • Selecionar as contas-alvo pelo tamanho da empresa, sem avaliar perfil, fit cultural e potencial real. Não raro, contas com grande nome, mas sem fit com solução, consomem tempo demais.
  • Comunicação genérica travestida de “personalização”. Se for para ser só mais um e-mail igual aos outros, melhor não fazer. Prefira qualidade à quantidade.
  • Não documentar aprendizados e ajustes a cada rodada. ABM é melhoria contínua, não receita pronta.
  • Falta de alinhamento entre times de vendas/marketing. Quando cada um atua por conta própria, se perde energia e resultado. Vale insistir nas reuniões conjuntas, melhorando a sintonia.
  • Investir pesado de cara, sem rodar piloto antes. Prefira testar pequeno, medir e só depois escalar.
  • Negligenciar pós-venda. O relacionamento não encerra após a assinatura do contrato. Uma boa experiência pós-venda impulsiona advocacy e futuras oportunidades na mesma conta.

ABM: visão de futuro nas estratégias B2B

O mercado aponta para um ambiente B2B ainda mais competitivo, com decisores mais informados e jornadas de compra complexas. Marketing baseado em contas é ferramenta-chave para ofertar valor real e criar relacionamentos que podem durar anos, mesmo diante de mudanças rápidas.

Na minha visão, cada vez mais as empresas serão avaliadas não pelo que oferecem para todos, mas pela capacidade de desenhar soluções únicas para cada cliente importante. E o ABM é o caminho ideal para isso. Tenho visto essa tendência ganhar corpo em diferentes setores do Brasil, e relato parte dessa vivência para ajudar outros profissionais a acelerar sua curva de aprendizado.

Sites, blogs e fóruns podem ajudar com novas ideias, mas o segredo está em testar, adaptar e envolver diferentes áreas internas. Ao investir em conhecimento continuado, como no projeto de Vini Guimarães, é possível acelerar resultados de maneira sustentável.

Conclusão

O marketing baseado em contas representa uma transformação positiva para empresas que desejam ir além das estratégias tradicionais, conquistando contas de alto valor com precisão e personalização. Em minha trajetória, vi equipes evoluírem muito ao adotar esse modelo: ganharam relacionamento, receita e reconhecimento de mercado.

ABM não é sobre quantidade, mas sobre qualidade: menos contas, mais relacionamento, maior valor por contrato e clientes com fit total com sua solução.

As etapas, identificação, segmentação, criação de conteúdo sob medida, abordagem multicanal e análise contínua, são o alicerce para chegar a esses resultados. Mas o fator que diferencia times vencedores é o alinhamento firme entre marketing e vendas.

Se você quer multiplicar resultados em vendas B2B, não hesite em buscar mais conhecimento e implementar ABM de forma estruturada, começando pequeno e otimizando a cada ciclo. O projeto Vini Guimarães está à disposição para apoiar nessa jornada, compartilhando conteúdos, dicas e casos reais. Navegue pelas categorias de marketing digital, vendas e CRM para se aprofundar.

Transforme a forma como seu negócio gera valor. Coloque ABM no centro das suas ações e alcance contas que realmente podem impulsionar suas receitas. Conheça mais do nosso projeto, agende uma conversa e construa um futuro de alto valor.

Perguntas frequentes sobre ABM

O que é ABM e como funciona?

ABM (account based marketing) é uma abordagem de marketing focada em trabalhar poucas contas-alvo, consideradas estratégicas para o negócio, desenvolvendo ações personalizadas para cada uma delas. Funciona a partir da escolha de empresas com grande potencial, identificação de todos os influenciadores dessas contas e produção de conteúdo, campanhas e ofertas pensadas sob medida. O objetivo é criar relacionamento forte, acelerar vendas e aumentar o valor dos contratos conquistados.

Como implementar uma estratégia ABM eficaz?

Um bom caminho para implementar ABM começa pela definição dos critérios do perfil ideal de cliente (ICP), levantamento de contas-alvo, análise minuciosa dos decisores de cada organização e criação de conteúdo específico para os desafios dessas empresas. A personalização nas mensagens, o uso de múltiplos canais (e-mail, reuniões, eventos, conteúdo digital) e a mensuração do avanço por indicadores como oportunidades criadas e taxa de fechamento são parte fundamental dessa rotina. O alinhamento entre marketing e vendas, o uso de CRM e revisão constante dos aprendizados garantem a eficiência e a melhoria contínua.

Quais empresas se beneficiam do ABM?

Empresas com foco B2B, vendas de ciclo longo e ticket médio alto são as que mais tiram proveito do ABM. Plataformas SaaS, soluções tecnológicas, consultorias, empresas de serviços empresariais e qualquer organização que atue com vendas complexas para poucas contas estratégicas encontram no ABM uma solução alinhada ao seu perfil. Quanto mais importância o relacionamento personalizado e o entendimento profundo das necessidades da conta tiverem no processo de vendas, maior a aderência da estratégia.

ABM realmente aumenta as vendas B2B?

Sim, desde que aplicado de modo dedicado e com critérios bem definidos. Sigo acompanhando de perto projetos em que a aproximação personalizada, análise detalhada dos stakeholders e oferta de soluções únicas para cada empresa trouxeram resultados acima da média em vendas B2B. A abordagem melhora a qualidade dos leads, acelera o fechamento de negócios e estimula contratos de valor superior à média. O segredo está na regularidade do acompanhamento, no uso inteligente dos dados e na união entre as áreas do funil comercial.

Quais ferramentas usar em campanhas ABM?

Existem diferentes ferramentas que costumo recomendar, sempre pensando na maturidade e porte do negócio. Plataformas de CRM são indispensáveis para organizar as informações das contas, acompanhar cada interação e dar visibilidade ao progresso das campanhas. Ferramentas para automação de marketing, e-mail personalizado, monitoramento de redes sociais e remarketing personalizado também são bem-vindas. O importante é garantir integração entre os sistemas para entregar insights rápidos e ações coordenadas entre marketing e vendas.

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Vinicius Guimarães

Sobre o Autor

Vinicius Guimarães

Vinicius Guimarães é um executivo de marketing e vendas com mais de 15 anos de experiência, especializado em CRM, estratégias de marketing, gestão de marca, geração de demanda, expansão de receita e otimização de vendas. Atuando na LWSA, diretamente uma das principais plataformas de e-commerce, sistema de ERP e Food Service do Brasil, Vinicius possui sólida trajetória em liderança, experimentação e desenvolvimento de equipes de alta performance no setor digital.

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